Adolescente sofre duplo estupro coletivo e é queimada viva na Índia
Menina sofreu dois ataques em outubro em Calcutá.
Ela morreu no hospital, na noite de Ano Novo, segundo a polícia.

Da AFP

Foto: 1º.01.2014/Piyal Adhikary/EFE
Uma adolescente indiana sofreu dois estupros coletivos em ataques separados e depois morreu queimada viva, reavivando os protestos contra este tipo de crime na cidade de Calcutá e na capital, informou a polícia nesta quinta-feira (2).

Foto: 1º.01.2014/Piyal Adhikary/EFE
A menina de 16 anos foi primeiramente atacada em 26 de outubro e novamente no dia seguinte por um grupo de mais de seis homens perto da casa de sua família na cidade de Madhyagram, 25 quilômetros ao norte de Calcutá.

O segundo estupro coletivo aconteceu quando ela estava voltando para casa depois de ter ido prestar queixa do primeiro ataque numa delegacia de polícia.

Foto: 1º.01.2014/Piyal Adhikary/EFE
Em 23 de dezembro, atearam fogo na adolescente e ela morreu no hospital, na noite de Ano Novo, informou a polícia.

"Antes de morrer, ela prestou depoimento diante de um oficial de justiça e afirmou que duas pessoas ligadas aos acusados atearam fogo nela quando estava sozinha em casa", informou o policial Nimbala Santosh Uttamrao à AFP.

A polícia realizou as duas primeiras prisões na quarta-feira, dois meses depois do primeiro crime, afirmou, por sua vez, o chefe de polícia Rajiv Kumar.

"Os acusados tentaram matar minha filha ateando fogo nela para silenciá-la sobre os crimes", declarou o pai da vítima, um taxista.

Nem ele nem sua filha podem ter o nome revelado por razões legais.

Centenas de ativistas protestaram na primeiro dia do ano em Calcutá para denunciar os crimes e as brutalidades cometidas com as mulheres indianas.

Os ativistas também se manifestaram na capital Nova Délhi nesta quinta-feira, acusando o governo e a polícia de não agir com rapidez depois que a adolescente apresentou sua primeira queixa.

Foto: 02.01.2014/Dibyangshu Sarkar/AFP
"Temos convicção de que se o governo tivesse agido contra os criminosos, os horríveis atos subsequentes teriam sido evitados e a vida da jovem moça teria sido poupada", afirmou a Associação das Mulheres Democráticas da Índia, em um comunicado enviado ao chefe de gabinete do governo regional.

As autoridades informaram que farão de tudo para levar os responsáveis pelo estupro e morte da adolescente o mais rápido possível ante a justiça, segundo a agência Press Trust of India.

"Estamos comprometidos com uma política de tolerância zero em relação à violência sexual", afirmou o secretário-chefe de Bengala Oriental, Sanjay Mitra.
Foto: 02.01.2014/Dibyangshu Sarkar/AFP
Os crimes de estupro, agressão e assédio sexual contra as indianas estão no centro das discussões nos últimos doze meses depois de um estupro coletivo que tirou a vida de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro de 2012.

O Parlamento desde então aprovou leis mais rígidas para punir os estupradores.

Os ativistas afirmam que as vítimas de estupro sofrem com constantes ameaças por parte de seus agressores, enquanto a polícia as desestimula a a fazer a ocorrência dos ataques.


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